A morte da adolescente angola Maria Lemba, suspeita de ter sido vítima de assassinato por um cidadão português, tem passado despercebida não obtendo reações dos cidadãos angolanos que contrariamente, manifestaram acentuada consternação pela morte do jogador português Diogo Jota e o irmão André Silva. A fragilidade do espírito nacionalista angolano é um problema profundo que tem sido ignorado pelas instituições do governo e pela própria sociedade civil angolana. No caso da adolescente angolana morta me Portugal, não se conhece nenhuma posição oficial do governo angolano, tão-pouco das outras organizações políticas ou da sociedade civil angolana.
Diogo Jota, de 28 anos, e o irmão André Silva, de 25, morreram na madrugada da passada quinta-feira a, num acidente de viação na A52, em Cernadilla, Zamora, em Espanha.
Segundo a imprensa espanhola os primeiros dados fazem saber que o jogador do Liverpool quem estaria ao volante do Lamborghini Hurácan, no momento do despiste, sendo que a viatura acabaria por ser consumida pelas chamas.
A Brigada de Trânsito do Comando de Zamora da Guardia Civil encontra-se ainda concluir a perícia do acidente que provocou a morte de Diogo Jota e do irmão André Silva, motivado por um rebentamento de um pneu, mas tudo aponta também para um possível excesso de velocidade.
A polícia está a ter em conta as marcas das rodas deixadas pelo Lamborghini Hurácan que estaria, ao que tudo indica, a ser conduzido pelo avançado português de 28 anos.
O jornal espanhol El Mundo explica que a polícia identificou os corpos de Diogo Jota e de André Silva depois da família ter identificado os objetos encontrados junto dos dois irmãos e pela posição em que ficaram, sendo que o incêndio complicou, de forma considerável, toda a investigação.
A agência France Press (AFP), cita fonte que refere que "Diogo Jota conduzia, provavelmente, o carro, no momento do acidente".
O avançado internacional português vestia a
camisola do Liverpool, emblema que representava há cinco anos e pelo qual
venceu, recentemente, a Premier League, juntando, ainda, uma Taça de Inglaterra
e duas Taças da Liga. DIogo Jota também se sagrou campeão do Championship, o
segundo escalão inglês, ao serviço do Wolverhampton.
Maria Luemba, foi
encontrada morta, com fortes evidências de ter sido vítima de
agressão. Consta dos factos, que a Maria Luemba, à adolescente de 17 anos,
foi encontrada morta com os braços amarrados, com fortes sinais de agressão,
arranhões no pescoço, e o rosto desfigurado com sinais de ter sido vítima de
suposta violação.
As informações de algumas testemunhas, fazem saber que, no dia dos acontecimentos, a adolescente Maria Luemba estava em casa com o irmão menor, quando o cidadão português Paulo Gonçalves irrompeu a residência agredindo à adolescente. No momento que estava a decorrer à agressão, o irmão menor de Maria Luemba fugiu a busca de ajuda, tendo encontrado uma senhora portuguesa que prontamente foi ao socorro da vítima. Entretanto, segundo informações, ela chegou tarde no local, pois encontrou a vítima já sem vida.
Apesar das evidências dos factos, a polícia portuguesa e o ministério público, alegam que à adolescente Maria Luemba não foi assassinada, tendo ela mesma ter posto fim a sua própria vida, por meio do suicídio.
O
escândalo com extensão da cumplicidade institucional, nas evidências do
homicídio da adolescente Maria Luemba, é também identificado pela ação do
presidente da câmara de Aveiro que ameaçou a família de Maria Luemba, para que
esta não tivesse nenhum contacto com as testemunhas oculares dos acontecimentos.
O corpo sem vida de Maria Luemba, ficou sob cuidados da polícia portuguesa, que a posterior devolveu a família, numa urna lacrada, com a justificação que a malograda se suicidou, alegando não haver pistas da ocorrência do crime de homicídio.
Segundo às informações dos familiares de Maria Luemba, contactaram a embaixada de Angola em Portugal, no entanto, aquela instituição não se pronunciou e até o momento e não prestou qualquer apoio a família da falecida.
O caso da
morte de Maria Luemba, põe a descoberto a fragilidade dos serviços diplomáticos
angolanos que não tem priorizado salvaguardar os direitos dos cidadãos
angolanos que vivem em outros países. De forma similar, este caso expõe mais
uma vez à ascensão do racismo e das injustiças que às instituições portuguesas
tem praticado no tratamento discriminatório dos cidadãos emigrantes que vivem
em território português.
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