Entre 2020 e 2025, cinco pessoas já haviam perdido a vida no vulcão indonésio; terreno íngreme e trilhas desafiadoras elevam o risco de quedas. A morte da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, reacende o alerta sobre o risco presente nesse destino de aventura. Juliana estava desaparecida desde a madrugada de sábado (21) e teve o corpo encontrado nesta terça-feira (24), após quatro dias de buscas intensas. O terreno íngreme e as condições meteorológicas adversas teriam dificultado o resgate, segundo informações oficiais.
Embora o caso de
Juliana tenha ganhado destaque, ela não é a única vítima recente. Dados de
resgates e notícias locais apontam que, nos últimos cinco anos, pelo menos
cinco pessoas morreram no vulcão: Acidentes registrados no Monte Rinjani.
- Dezembro de 2021 – Um jovem indonésio de 26
anos caiu de um desfiladeiro com cerca de 100 metros de profundidade.
- Agosto de 2022 – Um montanhista português, de
37 anos, despencou ao tentar tirar selfie na beira de um penhasco próximo
ao cume.
- Junho de 2024 – Uma turista suíça morreu
depois de aventurar-se por rota não autorizada na região de Sembalun, em
East Lombok.
- Setembro de 2024 – Um homem natural de Jacarta
desapareceu após queda em desfiladeiro; o corpo foi encontrado dias depois
com o auxílio de drones térmicos.
- Outubro de 2024 – Um alpinista irlandês caiu
de um precipício de cerca de 200 metros, mas foi resgatado com ferimentos
leves.
- Maio de 2025 – Um montanhista malaio, de 57
anos, morreu após despencar em desfiladeiro de 80 a 100 metros.
O Monte Rinjani, com
seus 3.726 metros de altitude, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia.
Conhecido por trilhas desafiadoras, o local combina solo arenoso, penhascos
expostos e quedas íngremes — elementos que facilitam acidentes, especialmente
em rotas não autorizadas ou sem preparo adequado.
A jovem publicitária natural de Niterói (RJ) fazia uma trilha organizada por agência local. Durante a madrugada do sábado (21), ela caiu de aproximadamente 300 metros em declive. Apesar do uso de drones por outros turistas que a localizaram no terreno, as equipes de resgate não conseguiram alcançá-la até serem acionadas pelo Itamaraty, que coordenou apoio diplomático e consular na Indonésia.
Especialistas reforçam que, mesmo acompanhadas por guias, trilhas em
áreas de alta montanha exigem:
- Equipamentos adequados
- Orientação especializada
- Atenção às condições climáticas e limites da
trilha.
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