Avançar para o conteúdo principal

ESTADOS UNIDOS DE AMÉRICA ATACA O IRÃ

Em pronunciamentos, tanto em rede social quanto na Casa Branca, o presidente americano fez parecer que o ataque a três instalações nucleares do país foi cirúrgico e bem-sucedido. Suas palavras, contudo, produziram mais dúvidas do que as certezas que ele tentou evidenciar com habituais superlativos sobre tudo que o cerca.

O presidente declarou a operação como “um sucesso militar espetacular” da única potência no mundo que, segundo ele, poderia executá-lo. “Fordow já era”, assegurou. Ele referia-se à usina nuclear incrustada no subterrâneo de uma montanha, que só poderia ser alcançada com bombas perfuradoras de bunkers fabricadas nos EUA, utilizadas pela primeira vez neste sábado.

O presidente aposta em trazer o regime, enfraquecido com os ataques aéreos de Israel nos últimos dez dias, de volta à mesa das negociações.

Para isso, encurtou o prazo de duas semanas que ele próprio havia dado para tomar uma decisão sobre o programa nuclear iraniano. Não havia, sequer, consenso dentro do governo americano de que o regime estava perto de produzir armas atômicas. A diretora de Inteligência, Tulsi Gabbard, negou esta possibilidade, foi desmentida pelo presidente e obrigada a voltar atrás.

Tratando-se do Irã, as perspectivas de um acordo nuclear após o ataque americano são sombrias, por mais debilitado que se encontre. O regime teocrático provavelmente tentará uma saída honrosa que o reabilite diante do público interno. Nas palavras do chanceler iraniano, Abbas Araghchi, antes de seguir para a Rússia, a fim de reunir-se com Vladimir Putin, os EUA cruzaram a linha vermelha e explodiram a diplomacia.

O passado já deu provas de que não se pode subestimar um Irã encurralado e humilhado. Os bombardeios dos EUA ao país deixam vulneráveis cerca de 40 mil militares americanos alocados em bases espalhadas em países ao alcance do regime e instalações americanas e israelenses ao redor do mundo.

De imediato, o Parlamento aprovou o bloqueio do Estreito de Ormuz, por onde passa um quinto do petróleo mundial, cumprindo a promessa de que o faria se o país fosse atacado. A primeira retaliação afetará duramente o comércio global. Qualquer outra reação — seja em ataques concretos ou cibernéticos — tem potencial para extrapolar o objetivo cirúrgico e limitado do presidente americano com a sua adesão ao confronto.

Trump vai se gabar de ser o único presidente americano a ter coragem para enfrentar a República Islâmica, omitindo que o fez em melhores condições do que seus antecessores, uma vez que aliados iranianos na Síria, no Líbano e em Gaza foram desmantelados.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO PREVÊ REMODELAR O SEU EXECUTIVO NAS PRÓXIMAS SEMANAS

O Presidente de Angola, João Lourenço pretende proceder alterações no seu executivo com o objectivo de melhorar o desempenho dos órgãos ministeriais.  A medida que já foi reflectida e adiada em várias ocasiões, tornou-se irreversível depois dos factos protagonizados pela população no dia 28 de Junho e prolongaram-se até o dia 30 de Junho, derivadas de uma manifestação convocada pelos taxistas em função da subida do preço do gasóleo, tendo causado várias mortes e inúmeros prejuízos económicos.  João Lourenço pretende promover para o seu executivo governamental os quadros do seu partido com perfil técnico e político proeminentes, com vista à ajustar a necessidade da sincronização de haver sensibilidade política perante a realidade social que a população vive actualmente .  As pastas ministeriais da s Finanças, Comércio, Interior, Transportes, Economia e Planeamento, Educação, Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Indústria, Juventude e Desportos, Construção e Obras...

DISCURSOS EXTREMISTAS DO DEPUTADO PORTUGUÊS ANDRÉ VENTURA COMPROMETEM RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS DE PORTUGAL COM O MUNDO

Os recorrentes discursos extremistas, xenófobos e racistas do deputado português André Ventura comprometem às relações diplomáticas do governo português com diversos países. André Ventura é o líder do partido político português CHEGA, que tem buscado protagonizar-se com recurso ao populismo baixo, instigando o racismo, o ódio e a xenofobia fundamentado na retórica do isolamento de Portugal com os demais países. As falas irresponsáveis de André Ventura difundidas nas redes sociais da Internet, demonstram acentuada ingenuidade política mítica, considerando que o político português usa o discurso de ódio extremista sob a forma equivocada de liberdade de expressão como se nesta, coubesse todo tipo de manifestação incluindo o ódio, a promoção da violência e o desrespeito das instituições soberanas. A quem se tem como político, no caso André Ventura, falta-lhe o conhecimento da defesa republicana da liberdade contida nos limites da constituição do seu próprio país e sob a égide do imperativo...

JUSTIÇA PORTUGUESA É ACUSADA DE PROTEGER UM CIDADÃO DE NOME PAULO GONÇALVES, SUSPEITO DE HOMICÍDIO

Uma tragédia ocorrida no distrito de Aveiro em Portugal, que teve como vítima mortal, à adolescente Maria Luemba de apenas 17 anos de idade, tem chocado a comunidade internacional, devido a indiferença do sistema de justiça português, por não acionar os mecanismos legais para o esclarecimento do caso, assim como a responsabilização criminal do eventual suspeito. Segundo informações de testemunhas, o cidadão português de nome Paulo Gonçalves, vizinho da vítima, possui um histórico de acusações, feitas pela família da falecida Maria Luemba. As acusações foram registadas na polícia local, porém, todas sem qualquer resultado de implicações criminais. Paulo Gonçalves, o cidadão português suspeito de ser o autor do homicídio que vitimou à adolescente Maria Luemba, é vizinho da malograda, e vinha molestando a família da falecida, por meio de ameaças, com atos de racismo, ameaças a integridade física da mãe de Maria Luemba, inclusive com ações que causaram vários prejuízos aos bens patrimo...