MORTE DE DEPUTADO LEVANTA SUSPEITAS DE ENVENENAMENTO


A morte súbita do deputado da UNITA, Diamantino Domingos Mussokola, ocorrida na madrugada de sexta-feira, 13 de junho, em Luanda, está a ser envolta em suspeitas de envenenamento, segundo avançam fontes do seu partido. O parlamentar, de 54 anos, sentiu-se mal durante uma viagem de regresso do Huambo e foi inicialmente assistido no hospital municipal da Kibala, antes de ser transferido para a Clínica Sagrada Esperança, onde acabaria por falecer.

Figura destacada da oposição angolana, Mussokola era Secretário Nacional para a Organização da UNITA e tinha uma longa trajetória parlamentar. Foi eleito deputado à Assembleia Nacional na IV Legislatura e reeleito para a V Legislatura, tendo tomado posse em setembro de 2022.

Durante o mandato, integrou a Comissão de Relações Exteriores, Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas no Estrangeiro, além de representar Angola no Fórum Parlamentar da SADC, onde era conhecido pela sua defesa da diplomacia multilateral e pela voz crítica face ao poder executivo.

Com formação em Relações Internacionais, foi também docente universitário, contribuindo para a formação de quadros e para o debate académico em matéria de política externa e geoestratégia.

Antes de se dedicar à vida política, Mussokola integrou as extintas FALA (Forças Armadas de Libertação de Angola), tendo sido posteriormente reintegrado nas Forças Armadas Angolanas (FAA), onde terminou a carreira com o posto de major, em 2013.

A sua morte inesperada abre um vazio na bancada parlamentar da UNITA e suscita questões delicadas num contexto político marcado por tensões. O partido ainda não divulgou os resultados oficiais da autópsia nem anunciou eventuais diligências legais, mas fontes internas não descartam a possibilidade de tratar-se de um assassinato por envenenamento com motivação política.

Fonte: Club-k.net

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